Tarauacá, cidade com mais de um século de história, chega aos 112 anos sem grandes razões para comemorar. O município enfrenta a dura realidade do abandono: obras públicas paralisadas, como creches e escolas inacabadas, ruas cobertas de lama, altos índices de desemprego e quadras esportivas desativadas. Em meio a esse cenário, falta à população motivos reais para marcar esta data com alegria.
É fundamental que as lideranças locais demonstrem maior compromisso com os cidadãos, buscando resgatar a dignidade da população e promover o desenvolvimento da nossa terra. As políticas públicas devem beneficiar a coletividade, e não apenas um grupo restrito que se aproveita dos recursos públicos. As disputas políticas precisam se limitar ao período eleitoral, é preciso unir forças em prol do progresso de Tarauacá.
As famílias em situação de vulnerabilidade precisam de condições dignas para suprir suas necessidades básicas e escapar da fome. Que todos possam viver com dignidade, respeito e amor.
Que possamos nos unir e lutar pelo avanço da nossa cidade. Que no próximo ano tenhamos, de fato, motivos para comemorar o aniversário de Tarauacá. Que a Terra do Abacaxi Gigante volte a ser reconhecida como a “princesinha do Acre” e que os governantes entendam que nossa cidade é como uma noiva: precisa de atenção, cuidado e amor.
Por Gilson Amorim, formado em Geografia e pós-graduado em Jornalismo, editor-chefe do Jornal Extra do Acre e apaixonado por esta terra chamada Tarauacá.