Relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, o senador Marcio Bittar (União Brasil-AC) concedeu uma entrevista à Record News este final de semana onde falou a respeito dos trabalhos da CPI que, instalada em junho deste ano, investiga a investiga a atuação de organizações não governamentais na Amazônia.
Um dos focos do colegiado é o financiamento das ONGs, incluindo recursos públicos, como do Fundo Amazônia, e verbas recebidas do exterior.
Para Bittar, a atuação das ONGs na Amazônia brasileira resultam na pobreza de seus moradores.
“Você tem hoje 16 mil ONGs na Amazônia, você colocar 10 pessoas por cada uma delas, é 160 mil habitantes, o que são 160 mil militantes perto de 28 milhões de amazônidas? Não é nada, só que os 28 milhões de amazonidas estão trabalhando, tentando sobreviver, e esses 160 milhões de pessoas em volta dessas ONGs passam o dia todo instrumentalizados, eles têm parcerias com universidades, com jornalistas, com boa parte da mídia nacional como a própria Rede Globo. A família Marinho tem uma parceria até hoje com a WWF. Então na prática, essas ONGs funcionam na Amazônia nos proibindo de tirar recursos naturais, a nossa região está sendo enganada e o resultado prático é mais pobreza, hoje de 28 milhões, 16 milhões, ou seja, mais da metade sobrevivem de Bolsa Família”, pontuou.
As críticas de Bittar respingaram ainda na ministra de Meio Ambiente e Mudanças climáticas, a acreana Marina Silva.
“A Marina faz parte de ONG o que eu considero uma coisa ruim, porque ela faz parte de ONG aí vai para o governo, sai do governo, volta para a ONG, ou seja, ela ajuda a fazer a política e a capitar recurso ao mesmo tempo. Eles decidem o Fundo Amazônia e capta um recurso ao mesmo tempo, então quando ela quer fazer uma compensação às famílias por preservar na floresta amazônica acena com 200 reais por mês”, disse.
Nesta terça-feira (10),a convite de Bittar, a CPI das ONGs ouvirá o ex-presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas(Funai) Marcelo Xavier. Ele deverá prestar informações ao colegiado sobre a atuação de ONGs e organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips) na região amazônica. Xavier é delegado da Polícia Federal e presidiu a Funai de 2019 a 2022.
Por Nany Damasceno, O Palaciano.